Leíle Tarae De Laverré
O paraquedista militar da reserva, investigador de relíquias arqueológicas israelenses extramuros e membro de uma sociedade templária possuía habilidades extraordinárias. Contudo, era escravo de duas fraquezas indesejáveis e perigosas: uma incontrolável devoção à beleza feminina, e uma atração desenfreada por símbolos, mistérios, segredos e enigmas. Num sábado dos anos dourados, que deveria ser apenas musicado, Belford foi encurralado por suas fraquezas: um poema encravado de enigmas e alegorias nas mãos de uma lindíssima mulher. A paixão pela dona do poema o conduziu aos labirintos encobertos das sociedades iniciáticas secretas, às conspirações dos mosteiros medievais, às intransponíveis muralhas dos reinos católicos, aos elevados mistérios do misticismo africano e aos mais antigos conhecimentos das nações indígenas. Belford procurava resposta para o enigma da sedução, mas o poema o induziu à solidão das lendas para reescrever a história da América do Sul e recolher Maria Madalena dos oratórios das seitas e do coração das heresias, para colocá-la, com ternura, nas páginas da literatura. Ainda que o passado tenha capturado seu futuro e o aprisionado nas lendas, a paixão escapou ilesa para contar essa história surpreendente.