José Carlos Pereira
Em 31 de maio de 2009, o voo AF 447, do Airbus A330-203 da Air France, decolou no início da noite de um domingo, do aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, rumo ao aeroporto internacional Charles de Gaulle, em Paris, e, com aproximadamente quatro horas de voo, cai misteriosamente no Oceano Atlântico, com 216 passageiros e 12 tripulantes a bordo. Nenhum dos 228 ocupantes da aeronave sobreviveu. Dentre as vítimas, 58 brasileiros, e dentre os brasileiros, um jovem de aproximadamente 27 anos, cuja mãe sente a tragédia por meio de pressentimentos. Torturada pela dor ela procura ajuda e faz relatos contundentes do ocorrido.Nos seus sucessivos encontros terapêuticos relata detalhes do ocorrido naquela noite fatídica. O mediador, por sua vez, busca ajudá-la a superar o trauma, ouvindo, dialogando e orientando a lidar com a dor da perda e com as sucessivas aparições das assombrosas cenas da tragédia que constantemente voltavam a sua memória. Assim é construído um diálogo profundo e esclarecedor, que ajuda a colocar avida dessa personagem nos eixos e a elucidar um dos acidentes mais enigmáticos da história da aviação.
